As emoções e a felicidade
- ECC MAIS
- 19 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jun. de 2023
Partindo do princípio de que a realidade é fruto de nossa interpretação, o artigo traz alguns insights sobre o papel das emoções na interpretação desta realidade e o quanto isso pode influenciar nosso bem-estar.

Como já citamos em outro artigo, as emoções são um importante componente de nossa felicidade (bem-estar subjetivo). Na visão de Stiglitz e outros pesquisadores (2009, p. 216) o "Bem-estar subjetivo abrange três aspectos diferentes: avaliações cognitivas de uma vida, emoções positivas (alegria, orgulho) e negativas (dor, raiva, preocupação)” e devem ser medidos separadamente para obter uma medida mais abrangente de qualidade de vida das pessoas e para permitir uma melhor compreensão de seus determinantes (incluindo condições objetivas das pessoas).
Em primeiro lugar, como base para o que traremos a seguir, é importante destacar que nossas avaliações sobre felicidade são fortemente determinadas por nossa interpretação da realidade. Como afirmaram os filósofos Demócrito e Epiteto de que:
“não é o que acontece com o indivíduo que pode deixá-lo feliz, mas a maneira como ele interpreta esses acontecimentos”
Ao analisar este e outros conceitos relacionados a felicidade, percebemos que ao avaliar a felicidade estão presentes duas dimensões: uma avaliação “concreta e racional” e uma avaliação “emocional”. Na avaliação racional o indivíduo resgata na memória situações por ele vividas ou de seu conhecimento e busca analisá-las conscientemente, avaliando se as considera boas ou ruins. Na avaliação emocional ou afetiva, o indivíduo não reflete sobre os prós e contras de cada situação, porém, resgata os sentimentos que cada uma delas lhe proporcionou e se estes lhe deixaram bem ou não.
Entendemos que existem vários fatores que determinam se seremos mais racionais ou mais emocionais em nossas avaliações. Alguns fatores são de natureza pessoal (genética, personalidade, temperamento, etc..) outros são fatores socioculturais (educação, escolaridade, condições de vida, família, etc..) além de experiências de vida, tudo isso nos leva a sermos mais racionais ou emocionais no momento de avaliarmos as situações em nossas vidas.
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